Setembro 2015

Campo Grande, setembro/2015 = Mês da Bíblia

Amigos e irmãos (ãs), sócios-colaboradores, voluntários(as), assistidos(as), e membros consagrados(as)!

A Palavra do Senhor nos diz hoje no evangelho de São João, capítulo 4, 27-34

 “27. Nisso seus discípulos chegaram e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher. Ninguém, todavia, perguntou: Que perguntas? Ou: Que falas com ela?28. A mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: 29. Vinde e vede um homem que me contou tudo o que tenho feito. Não seria ele, porventura, o Cristo? 30. Eles saíram da cidade e vieram ter com Jesus. 31. Entretanto, os discípulos lhe pediam: Mestre, come.

  1. Mas ele lhes disse: Tenho um alimento para comer que vós não conheceis. 33.Os discípulos perguntavam uns aos outros: Alguém lhe teria trazido de comer? 34. Disse-lhes Jesus: Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra.”

A missão profética que o Pai confiou ao seu Filho Jesus continua sendo a mesma que Ele confia a mim e a você. É anunciar pelo testemunho de nossas próprias vidas que Deus está vivo, caminha conosco e deseja que nós também tenhamos vida, e vida em plenitude.

Quando Jesus, no texto acima, interrompeu sua caminhada e gastou seu tempo com aquela mulher, ele estava, antes de tudo, fazendo a vontade do Pai. Aquela mulher fazia parte dos preferidos de Deus, com certeza. Ela nunca tivera alguém que se ocupasse verdadeiramente com ela, já tivera cinco maridos, estes também a roubaram de si mesma, aproveitaram de seu corpo, de sua feminilidade, mas não preencheram sua sede de ser importante para alguém. Jesus foi o primeiro que, vencendo os preconceitos já existentes naquela época, parou para dedicar sem outro interesse seu tempo a ela. Conversou, falou-lhe a verdade, não a julgou, nem a condenou, mas foi sincero mostrou -lhe quem e o que  é que poderia preencher todo seu ser. E ela acreditou nele, reconheceu nele o Messias, o Cristo que havia de vir, pelos sinais que lhe deixou na conversa que tiveram. E, acreditando, ela também se pôs a profetizar e ao verem sua transformação e sua alegria muitos creram nela e seguiram Jesus também! E nós, como estamos anunciando? Temos convicção do que falamos? Demonstramos alegria neste anúncio? Este profetismo sacia  nossa sede e nossa fome. Ou será que continuamos com saudades da vida antiga, das pessoas “velhas” que já fomos. Será que o que está nos alimentando é o estudo e a reflexão da Palavra de Deus, é a leitura orante da Bíblia ou isto é feito mecanicamente, simplesmente porque “temos” que ler ao menos o evangelho todos os dias? Será que chegamos atrasados às celebrações, nem o evangelho ouvimos e  ainda nos julgamos no direito de irmos para a fila da comunhão eucarística, simplesmente porque todo mundo vai! Não estamos vivendo uma espiritualidade vazia?

Nosso sim, nossa doação só terá valor se for completa e estiver acima de tudo que nos acontece hoje; se estiver acima das nossas lágrimas, dos nossos medos, da insegurança e dos riscos que corremos. Aí, sim, Ele vem e faz em nós sua morada, nos toma pela mão e se revela na nossa caminhada e nos convence de que sempre caminhou conosco, que nunca estivemos sós. Peçamos hoje, irmãos e irmãs, que a Palavra de Deus seja a nossa Luz e força na caminhada, que nos sustente em nossas fraquezas, nos levante nas nossas quedas e seja o alimento que nos levará a vencer, como Jesus venceu e nos ensinou, as barreiras dos preconceitos e ajudar aqueles e aquelas que não são os  privilegiados e mais favorecidos deste mundo em que vivemos. Força, grande abraço!

Com amor, Tia Antônia

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